Em 19 de fevereiro de 1989, o jornal Gazeta do Oeste
publicava matéria informando sobre a mudança de categoria da Associação dos
Servidores Públicos Municipais de Mossoró para sindicato. Sob o título “ASPMM agora
é sindicato”, dizia o texto: “Os
servidores públicos do município de Mossoró, vinculados por relações
empregatícias aos poderes Executivo e Legislativo, bem como as suas funções e
autarquias, que durante muitos anos amargaram a discriminação em relação aos
demais trabalhadores do setor privado, no que concerne aos direitos,
fiscalização, de greve e outros, decidiram em assembleia geral extraordinária
no dia passado, transformar a Associação dos Servidores Públicos Municipais de
Mossoró (ASPMM) em sindicato, se beneficiando do direito de passar a sindicato
aprovado pela nova constituição federal. A ASPMM, a partir de agora, passa a
ser o Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), que tem a princípio a unicidade orgânica
e a pluralidade política, como forma mais eficaz de lutar pela autonomia
sindical perante o Estado, os empregadores, os partidos políticos e as
instituições religiosas para o fortalecimento da sociedade civil e consolidação
do Estado de direito democrático. Depois de transformar a ASPMM em sindicato,
os servidores elegeram a diretoria provisória, ficando como presidente Lourival
de Góis e Secretário José Andrade. A diretoria provisória, conforme determinado
em assembleia, ficará até 28 de outubro deste ano, ocasião em que através de
eleições diretas será eleita pelo sistema direto. Segundo Lourival de Góis,
presidente da nova entidade, a partir de amanhã vai dar encaminhamento de toda
a documentação exigida por lei para o registro em definitivo do Sindicato, para
que as reivindicações da categoria não sofram solução de continuidade. REIVINDICAÇÕES
– Por outro lado Lourival de Góis comenta que as reivindicações enviadas para a
Prefeitura Municipal pela Junta Governativa da ASPMM (na época) recebeu
resposta positiva da prefeita Rosalba Ciarlini, sendo as principais:
Cumprimento da Lei Municipal 284/86 que prevê a promoção para todos os funcionários
com dois anos consecutivos na mesma função; pagamento de hora extra com acréscimo
de 50 por cento em relação à hora normal. Lourival de Góis disse que a partir
de agora será intensificada a luta em defesa da categoria. “Essa é a meta
principal de nossa diretoria”, define.”
Não estava errado Lourival e
como no dizer do saudoso jornalista mossoroense Emery Costa, “lá se vão” 34
anos de muita luta pelos direitos dos servidores públicos municipais de
Mossoró. O Sindiserpum, que começava naquele instante tendo como sua base de sócios
a categoria dos garis, passaria a aumentar o seu leque de representatividade e
se tornaria um dos mais combativos sindicatos do Rio Grande do Norte.
Na
mesma edição, o então presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de
Natal (Sinsenat) e então secretário da Federação dos Servidores Públicos do Rio
Grande do Norte (Fesepurn), Letácio Fonseca do Nascimento, que acompanhou o processo
de mudança da ASPMM para Sindiserpum, sentenciou: “É um ato histórico na vida
do servidor, seguindo o que foi garantido pela nova Constituição. Agora eles
passarão a ser reconhecidos como categoria de trabalhador e serão mais forte
para reivindicarem seus direitos trabalhistas diante do poder executivo
municipal de Mossoró”.
Não estava errado também Letácio. Não importando quem se
assente à cadeira de prefeito de Mossoró, o Sindiserpum tem sido firme em suas
cobranças por dignidade e valorização real a todos e todas que fazem girar a
vida social da cidade, seja na Educação, na Saúde, no bem-estar social, na
segurança, no meio-ambiente ou em qualquer outro setor.
Desde a sua criação, são 11ª diretorias que, ao seu modo,
contribuíram para o engrandecimento do Sindiserpum ao longo dos anos,
enfrentando intempéries e perseguições, dia e noite, sem fraquejar nem ferir o
princípio maior da missão sindical: o bem-estar da coletividade e dos seus
associados. Carregaram a sua bandeira ao longo destas mais de três décadas: Como
já dito, Lourival de Góis, com a junta interventora, durante a mudança de
categoria da ASPMM para a sindicato.
João de Melo (de 1989 a 1993);
João Andrade de Freitas (de 1996 a 1999);
Gilberto Rêgo Diógenes (de 1999 a 2005, por duas gestões);
Humberto Arnaud Mendes (de 2005 a 2008);
Gilberto Rêgo Diógenes (de 2008 a 2011);
Marilda Maria de Sousa (de 2011 a 2014);
Maria Marleide da Cunha Matias (de 2014 a 2021, por duas
gestões);
Eliete Vieira da Silva é a atual presidente do Sindiserpum.
Reconhecidamente de luta, também tem abraçado as causas que
pedem consciência de classe e que afligem à sociedade brasileira. Respeitado por
entidades nacionais, tem a sua marca registrada nos anais da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) com nomes que compõem ou já compuseram a sua diretoria também
nos quadros desta instituição de defesa dos direitos dos homens e mulheres do
Brasil.
“É uma grande responsabilidade estar à frente de uma instituição
como o Sindiserpum, pelo legado deixado por todos os que o conduziram até aqui
e pela sua representatividade junto aos seus associados e pela confiança que
depositam em nossas ações. É uma história bonita e merece ser celebrada sempre”,
comenta a presidente Eliete Vieira.
Abaixo, selecionamos um pequeno álbum de memórias, que claro, ilustram apenas alguns momentos dentre tantos marcos já vividos por este sindicato combativo e forte, que tem no seu sócio a ferramenta mais importante e que divide hoje, todos os aplausos por esta trajetória tão vitoriosa.
"NA PAREDE DA MEMÓRIA..."
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