Servidor público aposentado Francisco Otaviano de Queiroz Filho, escreve excelente texto sobre o atual cenário de absurdos promovidos pela Prefeitura Municipal de Mossoró e vereadores da situação. O texto foi publicado inicialmente pelo jornalista Bruno Barreto.
Acompanhe abaixo a reprodução:
Por Francisco Otaviano de
Queiroz Filho*
É
burrice que chama, né? Só pode ser. Ou uma birra besta. Falo do desgaste
desnecessário pelo qual passa a prefeita Rosalba Cialini. E, em nível bem mais
acentuado, os corajosos vereadores que balançam a cabeça para as ordens da
mandatária do Palácio da Resistência.
Na manhã pós-carnaval, à toque de caixa
(literalmente?), treze vereadores, alguns sem sequer lerem (todos dizem que
leram e EU ACREDITO), aprovaram um projeto de lei antipático e desvantajoso
para os servidores públicos, incluindo aí os professores do município.
Goela abaixo e com um argumento pífio e
fácil de ser derrubado, sentenciaram (vereadores e prefeitura): 3,75%. É TUDO
OU NADA!
“Viva a Prefeita! Viva, viva!” Soam os
trompetes na “casa do povo”! Meu ovo! O MEC deu aos professores de todo o país
4,17% de reajuste, este povo está levando muito a sério esta coisa de “país de
Mossoró”.
A única oposição na cidade aos desmandos
de Rosa, o Sindiserpum, convocou a parte fraca da corda: “Ei, acorda, munganga!
Estão tirando os seus direitos!” A parte forte do sindicato, os professores,
ouviu o chamamento já que foi nos direitos deles que a “rosa” bateu mais forte.
Estão em greve. São aguerridos e conseguiram apoio de pais e alunos.
Agentes de saúde e de endemias, batem
cabeça entre si divididos entre cem (ou sem) sindicatos (sindisaúde,
sindienfermeiros, sindirecepcionista da UPA, sindi, sindi, sindi…).
Pergunta-se que movimento estes “sindis”
têm feito. Eu não tenho visto. E divididos entre cento e cinquenta mil
sindicatos, perdem força. A prefeita agradece. Já eram pra estar em greve
também. Afora uma parte dos servidores públicos que deve estar ganhando muito
bem, pois parece que esta luta não interessa a eles.
A oposição que tem feito a diferença, o
Sindiserpum, é barulhento e, ao que parece, incômodo mesmo à prefeita Rosalba
Ciarlini e seu povo (enumere-se aí secretários [alguns já quase sem argumentos]
e vereadores que tentam defender o indefensável.
“Está certo! É isto mesmo! Os servidores
já ganham mais que os profissionais do país inteiro”, dizem os vereadores
corajosos que ainda seguram a bandeira da rosa. Alguns nem sabem no que votam,
mas se ela manda… votam…
Sete contra treze na Câmara, oposição tem virado motivo de chacota, mas o Sindiserpum… pense num negócio que tem tirado o juízo de Rosalba e seus… é capachos que se diz, né?
Sete contra treze na Câmara, oposição tem virado motivo de chacota, mas o Sindiserpum… pense num negócio que tem tirado o juízo de Rosalba e seus… é capachos que se diz, né?
A presidente, que não tem nem um metro e
meio de altura tem metido medo até no mais alto escalão da Prefeitura. Estão
gagos e fazendo uma pataquada atrás da outra. Perdidos que nem cego em
tiroteio, quanto mais se mexem, mais afundam e a baixinha só cresce.
No dia da votação do projeto que a moça
do Sindiserpum chamou de “cavalo de Tróia” lhes impediram de falar, apesar de
todas os pedidos dos vereadores de oposição (coitados, nunca são ouvidos) e do
grupo de Marleide, que lotou as dependências da Câmara Municipal de Mossoró.
Marleide, líder, como eu faria, usou da
estratégia que melhor lhe teve às mãos, expôs em outdoors os “traidores dos
servidores”. Ué, tem título melhor? Alguma mentira?
Processo neles! Piaí, que munganga! Foi a reação dos edis “esquecidos” dos seus votos ou mesmo ainda, tentando convencer a população de que 3,75 é maior do que 4,17 (eu mesmo acho que é, não é?)
Processo neles! Piaí, que munganga! Foi a reação dos edis “esquecidos” dos seus votos ou mesmo ainda, tentando convencer a população de que 3,75 é maior do que 4,17 (eu mesmo acho que é, não é?)
Feito! Gilberto Diógenes,
vice-presidente do mesmo sindicato que Marleide e alçado à Câmara devido à
eleição de Isolda Dantas à Assembleia Legislativa, como lhe cabia, numa sessão
em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, indicou Maria Francineide Cordeiro
(Neide, do MST) e Marleide Cunha.
Mas menino! Pra quê? Perdeu-se uma
sessão inteira na Câmara Municipal de Mossoró, paga com nosso dinheiro, para
derrubar a homenagem à presidente do Sindiserpum. Alguns homens probos daquela
casa, que não lembro o nome de todos, mas são só sete, abandonaram a sessão pra
garantir a homenagem à sindicalista.
Em vão. Quando a rosa quer, as
articulações mais sórdidas são convocadas e até o cabaré de Bilica (com todo o
respeito a Bilica) perde quando o assunto é aprovar os direitos do palhaço da
resistência. A presidenta da Câmara convocou uma sessão extraordinária e, o que
parecia ser um fundo de poço, ficou pior.
Aprovaram para a PESSOA de Marleide
Cunha a pecha de “persona non grata”. Título dado às pessoas de má índole, que
tenham prejudicado, principalmente, a imagem da cidade. É burrice que chama,
né? Nestes tempos virtuais, onde até as sessões da Câmara são ao vivo? Não há
outra definição.
Está certo que há DE FATO alguns
analfabetos na Câmara. Nunca leram “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, (acho até
que eles nem leram a cartilha do ABC, aí que saudade!) ou “O Príncipe”, de
Maquiavel, mas as raposas velhas (e tem um bocado lá)… aí é de lascar!
Meninos foram usados, como o basbaque
(parece) Emílio Ferreira; a extraterrestre (parece) Maria das Malhas e o
nauseabundo (mesmo) Ricardo de Dodoca e, para surpresa se todos, a menção,
partiu do “homem de Deus”, Flávio Tácito.
Tiro no pé, a população, a classe política, a igreja, o papa, todos estão se solidarizando à Marleide. Dizem que será candidata a cargo público, ela nega, mas se quiser, pode. Já tem o aval de uma ruma de gente.
Eu pretendia um texto menor, juro, mas a vontade é de escrever um livro… não desista ainda, prometo só mais dois parágrafos.
Tiro no pé, a população, a classe política, a igreja, o papa, todos estão se solidarizando à Marleide. Dizem que será candidata a cargo público, ela nega, mas se quiser, pode. Já tem o aval de uma ruma de gente.
Eu pretendia um texto menor, juro, mas a vontade é de escrever um livro… não desista ainda, prometo só mais dois parágrafos.
A linha é muito tênue entre o vencedor e
o perdedor. Li num site local que “Rosalba estava comemorando sua vitória”…
sério? Se eu fosse ela eu botava as barbas de molho. Parece que a Rosa já não
cheira mais como antes. Devagarinho vai murchando, murchando…
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Francisco
Otaviano de Queiroz Filho
* Servidor público aposentado.
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