Já chegamos ao sexto mês da gestão Alysson Bezerra, lá se vão seis meses do último gestor, que, sabido por todos (inclusive por Alysson), foi um dos mais perseguidores e ruins para os servidores públicos municipais de Mossoró.
Na bagagem deixada da última gestão, dívidas e mais dívidas,
mas, como dito acima, isto era do conhecimento de Deus e do mundo, inclusive do
postulante Alysson Bezerra ao assento de sucessor da gestora faltosa.
Tem um ditado popular que diz que: “quem não pode com o pote, não
segura na rodilha”. Qualquer um dos candidatos na última eleição era sabedor
dos problemas que enfrentariam se fossem vencedores.
Voltando ao primeiro parágrafo, lá se vão seis meses de
mandato e, como de praxe, o atual prefeito não fala de outra coisa a não ser das
dívidas deixadas pela gestão anterior e se gaba de estar fazendo o “feijão com
arroz”: pagar salário em dia, pagar dívidas deixadas, em suma, cumprir a sua
obrigação.
Em CINCO reuniões com o Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Mossoró, o Sindiserpum, quase nada foi atendido das demandas
apresentadas, em muito, se ampara o prefeito na lei federal nº 173/2020 que
impede aumentos de despesas por conta da pandemia.
“Não temos como atender”, “temos interesse, mas não sabemos
como e nem quando”. Estas são as frases recorrentes de um discurso sem
objetividade e que já faz parte do cotidiano destes encontros.
Há de se perguntar então: e aí, o que o Sindiserpum vai
fazer? O Sindiserpum é construído por centenas de associados, grande parte
destes já insatisfeitos com o desfecho inútil destes encontros, mas ainda
presos por um contexto desfavorável de não poder sair às ruas e de realizar
paradas, por exemplo.
Na Saúde, não é sensato para o servidor uma parada quando
esta área é a mais necessitada de atenção neste momento, mesmo estando estes
servidores sem receber a insalubridade pleiteada e, segundo denúncias recebidas
pelo Sindiserpum, em muitos casos, trabalhando sem condições adequadas, como os
ACE, que estão recebendo – ACREDITEM – UMA MÁSCARA PARA USAR DURANTE TODA UMA
SEMANA.
Na Educação, professores estão em trabalho remoto usando
seus próprios equipamentos (telefones, tablets, notebooks). Utilizando as suas
próprias contas de internet e outros meios, sem reconhecimento por isto. Mas,
ainda assim é difícil cimentar alicerce para se fazer uma parada ou uma greve
neste momento.
Denúncias de assédio moral estão brotando nos quatro cantos
da cidade e não somente em um setor, mas em vários segmentos e a insatisfação é
crescente. Mas, ao que parece, o prefeito prefere acreditar na ala bajuladora
que o cerca e tem duvidado que o servidor público e o Sindiserpum possam lhe trazer
qualquer dor de cabeça.
Não é prudente para ele esticar a corda tão cedo. É preciso
que comece a mostrar mais serviço e menos espetáculo midiático. O Sindiserpum
está na iminência de completar 33 anos de luta e por ele já passaram toda
espécie de gestor, Alysson é só mais um.
O contexto da grave pandemia associado à uma Lei Federal,
utilizada como escudo pela gestão, freou neste momento uma parada de
advertência. Porém a insatisfação dos servidores públicos começa a crescer. Se
o prefeito está pedindo para ver a força do Sindiserpum, este momento vai
chegar, pode esperar.
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