(Vice Presidente do Sindiserpum)
O Dia Nacional da Consciência Negra, foi oficializado em 2011, com a lei federal 12.519, mas, desde a década de 70 esta data é celebrada fazendo referência a morte de Zumbi, o último líder do maior quilombo, no período colonial, o Quilombo dos Palmares. Por isso, também a data leva o nome de: Dia Nacional de Zumbi.
A discriminação racial, é um problema que afeta o Brasil desde a sua formação, com a chegada dos colonizadores europeus. O branco europeu, considerava sua cultura superior às pessoas de outras etnias e lugares e isso o levou a inferiorizar negros e índios, explorando e se apropriando deles como força de trabalho e mão-de-obra escrava.
Essa relação de exploração, entre senhores e escravos, configurou e deu origem ao racismo estrutural, que se perpetua até os dias atuais com a classe de privilegiados e a classe de subordinados, onde, em maioria, no mercado de trabalho, brancos ocupam cargos executivos (chefia) e negros cargos operacionais (empregados), e portanto a divisão de classes.
Para o sociólogo brasileiro, Jessé de Souza, o racismo estrutural, por exemplo, consiste nessa relação entre divisão de classes. Em um trecho da entrevista concedida ao projeto jornalístico #colabora, o sociólogo, diz que vem estudando sobre como o nosso país condenou negros e negras ao mesmo lugar do passado escravocrata. E que de 2018 pra cá, o racismo que estrutura nossa sociedade, continua firme e reproduzindo essa relação de exploração até em pessoas de baixa renda.
Lutamos por uma sociedade sem opressão, sem exclusão, sem preconceitos, sem discriminação, sem racismo. Buscamos alcançar uma sociedade igualitária, onde todos tenham uma vida digna, com direito a moradia, renda, educação e condição de vida saudável, longe da fome, da miséria e da pobreza.
Ao combater todo e qualquer tipo de exploração, repressão, segregação e marginalização às pessoas quanto a sua origem, identidade e gênero, podemos tentar reverter e modificar décadas de preconceito e discriminação em relação a população negra brasileira.
O SINDISERPUM, como uma organização pertencente ao movimento sindical, atua no combate a desigualdade racial, em defesa da desprecarização do trabalho e da desigualdade salarial. E infelizmente, estamos vivendo num contexto propício a muitos fatores sociais que contribuem para o racismo estrutural e o nosso desafio diário, é não permitir essa situação. É lutando por políticas públicas de inserção do negro nos espaços e uma educação para as diversidades, que temos a esperança em conseguir acabar com o racismo estrutural no Brasil.
Fontes de pesquisa:
- Racismo é crime. Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil. (https://fasubra.org.br).
- Taxa de desemprego maior entre pessoas pretas é racismo estrutural, diz economista. (https://www.cut.org.br/noticias).
- O racismo está na alma do Brasil. (https://projetocolabora.com.br/ods10/o-racismo-esta-na-alma-do-brasil/?amp=1).
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