Segundo dados da Vigilância Sanitária em Mossoró, cerca de 180 profissionais da área da Saúde do município estão afastados vitimados pela covid-19. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) já havia recebido informações neste sentido durante a assembleia realizada no último dia 19.
Pergunta-se quem vai substituir a lacuna deixada pelos profissionais
adoecidos. A realização de concurso público tem sido uma pauta permanente do
Sindiserpum, mas ignorada por todas as gestões, inclusive a atual. Vê-se agora o
quanto é necessária.
Em plena pandemia, os servidores da Saúde ainda esperam o seu
reajuste anual e a insalubridade máxima de 40% estabelecida no início deste
período obscuro e sem prazo para finalizar, lhes foi retirada pela gestão
municipal; o valor dos plantões estão congelados há anos; nem vamos citar as
condições de trabalho, mas não precisa muito para identificar que não são das
melhores. Como não adoecer?
“As UPAs estão se transformando
em depósito de gente”.
Ouvimos de servidor que prefere não se identificar temendo represálias (e elas
existem). “Estamos cuidado da vida dos
outros, mas quem está cuidando das nossas?” Questiona um segundo. No cumprimento
de sua obrigação o atual gestor investe em propaganda para anunciar com pompa
mudanças de níveis. É o mínimo que se espera de quem se assenta naquela cadeira
e, no mais, não passa disso, sua obrigação. Mas é preciso mais, muito mais.
Adoecida a própria saúde, quem cuidará da população? Está faltando
sensibilidade a quem prometeu valorização, ou então desconhece o significado das
palavras.
O servidor público da Saúde municipal está adoecido, está na
linha de frente e sem escudos... e desvalorizado. A covid não acabou, a
insalubridade sim! Por menos aplausos, por mais valorização! Insalubridade
máxima já!
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