Em assembleia realizada nesta segunda-feira (25) com os servidores gerais, regidos pela lei nº 003, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) apresentou a minuta do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), enviado pela Prefeitura Municipal de Mossoró e apontou vários pontos considerados retrocessos à carreira destes profissionais.
No
artigo 37, por exemplo, o documento institui a jornada de trabalho de no mínimo
20h e no máximo 40h, por “interesse da
Administração”, ficando a jornada de 40h com o padrão de remuneração, mas
também não apresenta as tabelas de cálculo de proporcionalidade das cargas
horárias de 20h e 30h.
Já na tabela apresentada, com cálculo previsto para
ser aplicado em 2024, o valor de quem recebe na referência 1 é de R$ 1.324,67,
a previsão de valor do salário mínimo para o ano que vem é de R$ 1.421,00, ou
seja, já estará acima do proposto pela Prefeitura, sem contar com a
proporcionalidade para quem trabalha 20h ou 30h.
“Esse Projeto de Lei legaliza poder pagar menos do
que o salário mínimo quando faz a proporcionalidade para 20h e 30h. Atualmente,
com a Lei 003/2003, a prefeitura está ilegal ao pagar salário-base menor que o
salário mínimo, por isso, podemos ganhar na justiça correções, o que não será
possível caso este PL permaneça como está”. Alertou a diretora de formação,
Marleide Cunha.
Chamou ainda a atenção para os requisitos para a
chamada avaliação de desempenho e tempo de serviço como critério para
progressão funcional (art. 3º, 26, 27), considerados “subjetivos” pelo
Sindiserpum. Na minuta, são elencados pontos como: “Assiduidade; disciplina;
responsabilidade; eficiência; capacidade de iniciativa; produtividade;
eficácia; iniciativa; comportamento ético; desempenho das funções privativas do
cargo ocupado; produção intelectual; qualificação profissional.” Este artigo
acaba, inclusive, progressão funcional automática apenas por tempo de serviço.
O Sindiserpum buscará discutir com a gestão estes e
outros pontos considerados prejudiciais aos servidores, inclusive com a
presença da assessoria jurídica do sindicato para correção destas falhas.
“É importante discutir agora este PCCR para não cairmos mais uma vez em armadilhas que só retiram direitos dos servidores, como já testemunhamos este ano”. Alerta a presidente do Sindiserpum, Eliete Vieira.
______________
Publicado em 25 de setembro de 2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário